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Truth is sweet

Truth is sweet, and the Heavens say: Sweeter than the honey! It is soft, even when it hurts the pride. Delightful, be it sounding fierce or sore. The raw truth, it smashes the deluded heart, but the simplicity... it is so gentle, restoring souls to what they really are. Such trustworthy hands! How I love the way they hold me and guide! When I am resting in their embrace, there is always light. Such strong hands! In the Cross you are raised, and I am fixed to the ground. Not forever. Oh, mouth of the Word, say only once and I also will be free.
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Vago entre os gritos de um mundo insano

Vago entre os gritos de um mundo insano. Assim aturdido, com a ressaca das vozes. No íntimo, pergunto se há valor humano, Algum que sobreviva às bocas ferozes. "Não há", sopra-me ao ouvido um ar cerebral, "Tudo está tomado por matilhas de vilões, Cada gentileza corrompida por algum mal, Todo amor negociado à mesa de vendilhões." Já prestes a sucumbir, suspiro uma prece Vinda do mistério de uma vida além desta. Qual brasa de Prometeu se eleva e cresce, Dilatando-me o coração que no peito resta. Não quero o brilho daqueles deuses mortais, que do alto das cátedras oráculos derramam ácidos sobre os corações simples. Não mais! Vinde, ó fogo, pai dos pobres! Em mim aflorai! Quero a voz do Mestre, que m'estenda a mão. E diga-me: "Fiat!", e lhe direi: "Abba! Pai". 

É mister buscar a reconciliação

Escrevi o texto abaixo logo após o fim das eleições de 2018 e publiquei-o no meu perfil do Facebook. *   *   *       A s eleições estão decididas e, acabada a guerra de memes, eu gostaria de falar aos jovens da minha geração e aos mais jovens que votaram pela primeira vez. O assunto é reconciliação com a família, e todos devem imaginar o porquê. Nas últimas semanas, eu vi incontáveis insultos de filhos contra pais, e destes também contra seus rebentos, como se todos estivessem em um Casos de Família na versão 200 caracteres. Foi doloroso assistir a essa briga toda. Como a minha perspectiva é a do filho cabeça-dura, é com dureza que desejo me dirigir às cabeças que nasceram de outras, sem reconhecer devidamente esse fato.      Começo com um conselho que bem poderia ter saído de nossa avó enquanto ela mexia com alguma coisa no fogão: Quanto mais tentamos rejeitar nossos pais, tanto mais nos tornamos o que supostamente odiamos neles. Esse é um daqueles fatos que nos pegam de su

O "hoje" da filosofia e da história da filosofia

Conferência apresentada no II Encontro de Pós-Graduação em Filosofia, na UNICAMP, no dia 14 de novembro de 2019. O tema era "Por que filosofia hoje?".  Bom dia aos colegas. Agradeço aos organizadores do II Encontro da Pós-Graduação da Filosofia da Unicamp e a Capes pela oportunidade de estar aqui com vocês, nesta manhã, e poder refletir sobre a pergunta “Por que filosofia hoje?”. Se a questão é para outros ou para mim. Em uma primeira leitura, focada no contexto social e político brasileiro, a pergunta nos dirige a dar razões para defender a pesquisa acadêmica em Filosofia, na universidade pública e com financiamento do Estado. Em princípio, procuraríamos pelos benefícios sociais da pesquisa acadêmica com financiamento estatal para o Brasil deste século, mas, na prática, qualquer justificativa nos serviria desde que nos mobilizasse a agir para a manutenção das nossas atividades ou que de um jeito ou de outro compelisse as autoridades a mantê-las. Pensaríamos

Intellectual production 2009-2017

T HIS IS MY PERSONAL BLOG, in which I publish some texts about books I am reading, movies I liked or any other suject of my interest. But for those who would like to know a bit more about my work as a philosopher, here I present some of the essays and papers I published. They are mostly in Portuguese for obvious reasons, but I promise there will be some in English and in other languages—help me God in this project. Enjoy the reading, and feel free to contact me, raising questions, making remarks or proposing new topics for philosophical reflection. Dissertation (Master Degree): MONTEIRO, M. H. G. The reality of the possibles according to Thomas Aquinas . Dissertation. Institute of Philosophy and Human Sciences, UNICAMP. Campinas, Brazil: 2014. 123 p.  Access: here . Chapter in Books: (1) MONTEIRO, M. H. G. The reception of contra Proclum in sixteenth century. In: ÉVORA, F. R. R.; MONTEIRO, M. H. G. (orgs.). Ancient Philosophy and its Reception in Early Modern Philosophy .

Por que ler "Against the Pollution of the I", de Jacques Lusseyrand?

     Soube deste livro quando tive de pesquisar sobre pessoas que, mesmo tendo algum tipo de deficiência, se destacaram na história por suas conquistas. Para minha grande satisfação encontrei muitíssimos exemplos de superação e sucesso, e dentre eles o que mais me chamou a atenção foi este escritor do século XX, professor de literatura, membro e um dos líderes da Resistência francesa à invasão nazista, prisioneiro no campo de concentração de Buchenwald, um dos trinta sobreviventes franceses — entre milhares de mortos pelo regime de Hitler — e cego desde os sete anos.      O livro Against the Pollution of the I (em tradução livre,  Contra a poluição do eu ) reúne vários de seus textos, escritos originalmente para diferentes publicações, alguns inclusive com narração de suas experiências na guerra¹. Essa coletânea revela, porém, uma busca contínua na vida de Jacques Lusseyran: aproveitar o sofrimento e as próprias limitações para atentar-se àquelas coisas que, no conforto ou na agita

Por que precisamos de bons escritores?

     Em publicação recente¹, o crítico literário Rodrigo Gurgel comentou o livro Safra , de Abguar Bastos. A análise do professor nesta e em outras plataformas é sempre muito proveitosa para mim, uma vez que, para quem não o sabe ainda, Gurgel tem o projeto de percorrer os autores brasileiros do fim do século XIX em diante, examinando individualmente suas virtudes literárias e, no âmbito mais geral, qual é a contribuição de cada um para a formação da literatura nacional². Ler essas análises está me ajudando a fixar raízes na história do meu país e, ao mesmo tempo, está me fazendo pensar sobre meus esforços de leitor e escritor.       Na referida publicação sobre Abguar Bastos, por exemplo, Gurgel menciona uma sentença de Manuel Bandeira a respeito dos escritores brasileiros: Sobra-lhes imaginação, falta-lhes fantasia. O que isso quer dizer? Entendendo-se por imaginação "a aptidão de reproduzir no espírito as sensações" e por fantasia "a capacidade de organizar as imag