Harry August está a beira da morte quando uma criança se aproxima de sua cama e lhe diz: "O mundo está acabando." Ele responde sem perturbação: "Ora, ele está sempre acabando." Ao que a menina corrige, com ar grave: "Mas está acabando cada vez mais cedo." Esse diálogo tão estranho ganha uma explicação logo no início da narrativa: Harry, a criança e muitos outros não morrem simplesmente, mas retornam com a memória intacta ao ponto de partida, o dia de seus respectivos nascimentos, na longa linha histórica que vai desde a mais remota Antiguidade até certo dia no futuro. Assim, eles se lembram das vidas de outras vezes e sabem sobre os grandes eventos por vir, enquanto o restante da população, composto de "lineares", não se recorda e experimenta tudo como se fosse a primeira vez. Mas nem tudo está determinado. Se Harry quiser, pode reunir as condições necessárias para influenciar os grandes eventos e, desse modo, mudar o rumo da história. Mas
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